Me falta o cansaço.
Me sobra o espaço
De seu corpo distante,
Exato e errante,
Pelas horas apartado.
Me resta o sonho amargo
De esperar o olhar caramelo
Carregado de beijos alados
Que saltam desesperados
E se derramam sem elo.
Fora de teu corpo
Tudo é desejo meu
Que te cerca de olhares molhados
De torpor, suspiros calados,
Paridos, sem força, no breu.
Em ti tudo se adoça
Por caminhos de açúcar com leite.
As mãos minhas se tremem sozinhas
Pela boca que me quer a lamber-te.
E se bem que em mim a vida mora,
Mesmo que em ti ela se deposite,
É no meu corpo que se elabora
No canto, no espelho, nas horas
Em que me forjo por afrodites.
domingo, 20 de maio de 2007
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Um comentário:
sim, dicolino, é filho único, é?!
tô de olho aquiiiiii
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