Sem referência a Ary Fontoura, que fique bem claro. De resto, Cláudia Arraia (a caipirona deslumbrada), Dalla Vecchia (o jornalista engajado) , Glória Menezes (a múmia) e Mariana Ximenes (o purgantezinho nº 1 do Brasil) deram ao público que assistiu o último capítulo de A Favorita bons momentos de risada. Enquanto encarnavam o estilo drama desesperado (o preferido da classe canastrona), cheio de gritos e suspiros, caras e bocas, mas sem naturalidade alguma, era Patrícia Pilar quem dava o tom da cena, que ficou repleta de ironia e deboche. Deboche esse que, de tão adequado, atravessou roteiros, personagens e terminou por se constituir num deboche do próprio folhetim e da fraca atuação do "elenco do bem". Era como se Patrícia Pilar representasse uma espécie de ombudsman teledramatúrgico dando suas ácidas, porém adequadas críticas às falhas da história e dos (demais) intérpretes de A Favorita.
sábado, 17 de janeiro de 2009
Uma atriz contra canastrões
Sem referência a Ary Fontoura, que fique bem claro. De resto, Cláudia Arraia (a caipirona deslumbrada), Dalla Vecchia (o jornalista engajado) , Glória Menezes (a múmia) e Mariana Ximenes (o purgantezinho nº 1 do Brasil) deram ao público que assistiu o último capítulo de A Favorita bons momentos de risada. Enquanto encarnavam o estilo drama desesperado (o preferido da classe canastrona), cheio de gritos e suspiros, caras e bocas, mas sem naturalidade alguma, era Patrícia Pilar quem dava o tom da cena, que ficou repleta de ironia e deboche. Deboche esse que, de tão adequado, atravessou roteiros, personagens e terminou por se constituir num deboche do próprio folhetim e da fraca atuação do "elenco do bem". Era como se Patrícia Pilar representasse uma espécie de ombudsman teledramatúrgico dando suas ácidas, porém adequadas críticas às falhas da história e dos (demais) intérpretes de A Favorita.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Glória Ramos e Tony Pires
De produção pouco pretensiosa, Se Eu Fosse Você surpreendeu em 2006 com um grande sucesso de público. Os responsáveis por tal feito, todos sabem, são os protagonistas Tony Ramos e Glória Pires, que arrebataram praticamente todos os prêmios de melhor ator e atriz do ano com suas irretocáveis atuações no longa em que seus personagens trocam de corpo, obrigando um a interpretar o outro, com todos os trejeitos, falas e expressões que deixam clara a complexidade da tarefa de atores de verdade – e marcam a diferença entre Tony e Glória e alguns colegas de emissora. Afinal, alguém imagina Cláudia Raia e Cauã Reymond encarnando Cláudio no corpo de Helena e Helena no corpo de Cláudio? E eles fazem sucesso no horário nobre.
Se eu fosse você de novo - Depois de tantos fatores positivos, a continuação do projeto era indiscutível. E que bom que isso aconteceu, porque Se Eu Fosse Você 2 é daquelas produções objetivas e que sabem explorar o que deu certo antes. O filme, em cartaz desde o dia 2 de janeiro, não perdeu tempo inventando uma grande história nova (afinal, não foi o que conquistou público, crítica e o consequente sucesso da primeira versão). Inteligentemente, a continuação focou na criação de situações cômicas e bons diálogos, se concentrando em explorar os excelentes intérpretes que o protagonizam.
Se Eu Fosse Você 2 já teve 575 mil espectadores no primeiro final de semana, batendo os 470 mil de Carandiru e estabelecendo o novo recorde de público para estréia no cinema nacional.